segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Juros Compostos: Plantando a semente

Trabalhar para pagar os juros resultantes de nossas dívidas, é algo que muito de nós estamos acostumados a fazer. Sempre que financiamos um imóvel, um veículo, fazemos um empréstimo ou compramos um produto parcelado em alguma loja; os juros, escondidos ou bem visíveis, passam a fazer parte do valor da conta, e assim, trabalhamos não somente para pagarmos aquilo que adquirimos, mas também para pagarmos os devidos juros.

O efeito dos juros no valor de uma conta é devastador, podendo chegar a várias vezes o valor do bem ao final do pagamento. Contudo, o que desejo mostrar hoje, é a possibilidade que temos de fazer que os juros comecem a trabalhar para nós, ao nosso favor, num efeito em cadeia, chamado: Juros Compostos ou Juros sobre Juros.

A partir do momento que dispomos a poupar parte de nossa renda, empregando-a em uma das diversas opções de investimentos do mercado, os juros se aliam a nós, passando a nos remunerar pelo valor investido. Para exemplificar, simularei duas situações, na qual é feito depósitos mensais em uma aplicação, ao longo de 10, 20 e 30 anos, a uma taxa de juros anual de 6% acima da inflação:

1) Depósitos mensais no valor de R$120,00 (Cento e vinte reais)

Qtd. de Anos

Total Depositado (R$)

Total de Juros Recebidos (R$)

Total Acumulado (R$)

10

14.400,00

5.265,52

19.665,52

20

28.800,00

26.644,91

55.444,91

30

43.200,00

77.341,81

120.541,81



2)Depósitos mensais no valor de R$1.000,00 (Um mil reais)

Qtd. de Anos

Total Depositado (R$)

Total de Juros Recebidos (R$)

Total Acumulado (R$)

10

120.000,00

43.879,35

163.879,35

20

240.000,00

222.040,90

462.040,90

30

360.000,00

644.515,04

1.004.515,04


Podemos observar que quanto maior for o tempo da aplicação, mais podemos nos beneficiar dos rendimentos oriundos do juros compostos, chegando quase a duplicar o valor do montante depositado ao final de trinta anos. Deve-se lembrar que foi utilizada a taxa anual de 6% acima da inflação e que maiores taxas podem ser obtidas, elevando-se um pouco mais o risco da aplicação.

Seja para resguardarmos nosso dinheiro da inflação, acumularmos recursos para a faculdade dos nossos filhos, alcançar uma aposentaria privilegiada ou conquistar a sonhada independência financeira, se utilizar dos juros é uma atitude sensata e uma arma ao nosso favor. Pense nisso.

Um forte abraço,

Pedro Henrique

Um comentário:

Profª Telma Lemos disse...

Pedo Henrique, seguirei seus conselhos. E quero te lembrar que em terra de cego quem tem um olho é rei.